E terminou mais cedo a Libertadores mais carioca de todos os tempos. Fluminense e Vasco foram eliminados com gol no fim, crueldade tamanha para seus torcedores. Mas fizeram campanhas dignas das suas tradições e deixam esperança de dias melhores para suas torcidas.
Local: Estádio Olímpico João Havelange, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 23 de maio de 2012
Público: 31.280 pagantes Renda: R$ 1.628.740,00
Árbitro: Enrique Osses (Chile)
Assistentes: Francisco Mondría (Chile) e Carlos Astroza (Chile)
Cartões Amarelos:Jean(Flu);Orion, Mouche(BC);
Gols:
FLUMINENSE: Thiago Carleto aos 17 minutos do primeiro tempo
BOCA JUNIORS: Santiago Silva aos 45 minutos do segundo tempo
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Carleto; Edinho, Jean, Wagner(Wellington Nem) e Thiago Neves; Rafael Sobis(Marcos Junior) e Rafael Moura
Técnico:Abel Braga
BOCA JUNIORS: Orion; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Diego Rivero, Cristian Erbes(Sánchez Miño), Erviti(Caruso) e Riquelme; Cvitanich (Mouche) e Santiago Silva
Técnico: Julio César Falcioni
O
sonho do primeiro título da Libertadores acabou para o Fluminense. E
com requintes de crueldade. Santiago Silva, o bonde argentino, marcou o
gol de empate aos 45 minutos do segundo tempo. O gol tricolor foi
marcado por Thiago Carleto, logo no início da partida, em cobrança de
falta.
Machucados, Fred, Deco, Valencia e
Diguinho fizeram falta à equipe tricolor, que saiu de campo aplaudida
pela torcida no Engenhão, 36.276 presentes, que saíram tristes, mas
orgulhosos do esforço da equipe.
Empurrado
pela torcida, o Flu partiu para cima do Boca desde o início.Com
velocidade e boas tabelas, chegava ao ataque com perigo. Foi assim na
primeira trama ofensiva, quando Thiago Neves tocou para Sobis, e o
atacante preferiu cruzar em vez de arriscar o chute. Schiavi conseguiu
cortar de carrinho.
A
superioridade em campo foi premiada com um gol logo aos 17 minutos. Em
uma cobrança de falta de longa distância, Thiago Carleto chutou forte, a
bola desviou em Rivero e mansamente entrou no cantinho direito do
goleiro Orión: 1 a 0 no placar e festa verde, branco e grená na
arquibancada.
Perdido
em campo, o Boca pouco ameaçava. Riquelme era a cabeça pensante no
meio, que organizava o time. Mas o sistema defensivo do Flu estava
ligado, não dava espaço. Diego Cavalieri assitia a partida de camarote.
Os argentinos criaram apenas dois lances de algum perigo. No primeiro,
Carleto travou chute de Santiago Silva. No segundo, Schiavi desviou de
cabeça uma bola levantada na área e mandou para fora.
Como
o 1 a 0 apenas levava a decisão para os pênaltis, o Flu seguiu
pressionando. Antes do fim do primeiro tempo, Sobis e Thiago Neves
assustaram Orión com chutes de média distância.
O
Boca Juniors voltou do vestiário sem alterações, mas a postura mudou
bastante. E a do Fluminense também. Os argentinos passaram a povoar mais
o campo de ataque e a rondar o gol de Cavalieri. Nas bolas aéreas,
levava muito perigo, principalmente com o veterano Schiavi. Diante do
novo panorama, o Tricolor passou apostar nos contra-ataques. Só que não
botava a bola no chão, apelava para o chutão e aí a coisa não funcionou.
Para dar gás e mais velocidade ao time, Abel colocou Wellington Nem no lugar de Wagner, mais uma vez apagado.
O tempo ia passando e a possibilidade da disputa ir para os pênaltis
se aproximava, a tensão tomava conta do campo e das arquibancadas.
Cada bola levantada na área tricolor era um sufoco. Thiago Neves, em
atuação tecnicamente fraca, errou uma saída de bola, e Santiago Silva
mandou à esquerda de Cavalieri. O camisa 7 quase se redimiu com um chute
forte de dentro da área, que Orión defendeu. Na sequência do lance,
Rafael Moura teve ótima oportunidade, mas demorou a chutar, e a zaga
cortou antes que a bola entrasse.
Mas
o pior ainda estava por vir... E no final da partida, para não dar
tempo de reação. O Boca, experiente que só, sabe disso, e deu o golpe de
misericórdia no momento certo. Rivero recebeu lançamento de Riquelme e
chutou cruzado, a bola bateu na trave, Diego Cavalieri ainda cortou em
cima da linha e ficou limpa para Santiago Silva apenas empurrar para
dentro e classificar o Boca.
Um
duro golpe num time que foi o melhor time da primeira fase, que
infinitamente tem mais talento do que o Boca e que foi eliminando
cruelmente. O torcedor que sempre apoia o time não merecia sofrer desse
modo. Uma pena, pois tenho certeza absoluta de que poderia ir mais longe
nessa Libertadores. Palmas para o esforço.
Mas... momento de desabafo.
O
time lutou, foi guerreiro. Sim, claro. Mas já tá na hora, também do
time parar de só lutar, né? Essa história de que o time lutou não pode
ser usada em toda derrota, né? Já tá na hora de parar de lutar e ganhar.
Esse time do Boca é muito ruim, o Flu é infinitamente melhor do que o
Boca, era obrigação nossa passar por eles...
Aceito
a luta, a entrega, mas a verdade tem que ser dita, alguns jogadores só
pensaram em lutar e esqueceram do mais importante: JOGAR FUTEBOL! Só com
luta não se chega a lugar algum, tem que jogar também, senão vai sempre
morrer na praia... Esse elenco que foi montado é pra jogar mais do que
vem jogando, pode ser guerreiro sim, mas com esse material humano todo,
era pra jogar bem melhor do que jogou.
O Boca, é o Boca, joga com sua camisa, sua tradição?
Sim,
claro, mas o Flu também tem camisa, até o Once Caldas já tirou título
do Boca, que tinha um time infinitamente melhor do que desse ano.
Vendeu
caro a derrota, sim, vendeu. Mas perdeu, de novo... Chega de só lutar,
tá na hora de ganhar, infelizmente só os vencedores ficam na história,
daqui a 20 anos ninguém mais vai ser lembrar que o Flu vendeu caro a
derrota, só fica os vencedores... O futebol é assim, o que se pode
fazer... Quero ver o nome do Flu cravado na Taça da Libertadores da
América, é o que eu mereço depois de sofrer três rebaixamentos
consecutivos, ir até o inferno da Terceira Divisão, ser chamado de
"timinho" por tantos anos...
É
o meu desabafo, mas continuo firme e forte na torcida, e espero que
essa derrota sirva para fortalecer mais ainda o clube, para que, quem
sabe já em 2013, a história seja diferente...
Saudações tricolores, vence o Fluminense!
Local: Estádio do Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 23 de maio de 2012
Público: 35.974 pagantes Renda: R$ 2.723.055,00
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (BRA)
Assistentes: Altemir Hausmann (BRA) e Carlos Berkenbrock (BRA)
Cartões amarelos: Jorge Henrique, Alessandro, Paulinho (Corinthians); Eder Luis, Juninho Pernambucano, Nilton, Renato Silva (Vasco)
Gol: CORINTHIANS: Paulinho, aos 42 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf, Danilo e Alex; Jorge Henrique (Willian) e Emerson (Liedson)
Técnico: Tite
VASCO: Fernando Prass, Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri (Felipe); Nilton, Rômulo, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Eder Luis (Carlos Alberto) e Alecsandro
Técnico: Cristóvão Borges
Então é isso, galera vascaína. Não tem mais Trem-Bala da Colina na Copa Libertadores.
Num dia em que o Vasco jogou de igual pra igual
Em jogo tenso, dramático, disputado da forma mais digna por todos que estiveram em campo, um gol aos 42 minutos do segundo tempo deixou o Pacaembu em êxtase. Paulinho de cabeça fez o gol que tirou o Vasco da Liberta.
Mas foi injusto, o cruzmaltino foi melhor nas duas partidas, porém não conseguiu furar a forte defesa corintiana. Ainda por cima, Diego Souza perdeu um dos gols mais inacreditáveis de todos os tempos. Um balde de água fria em toda torcida.
O jogo não foi bom tecnicamente, os torcedores não devem ter ficado felizes com o primeiro tempo. Respeito pelo adversário e medo de sofrer um gol decisivo se misturavam e faziam os jogadores pensarem duas vezes antes de arriscar um chute, os goleiros preferirem socar a bola do que arriscar segurá-la.
Eram tanta vontade, tanta entrega e tantos carrinhos que as faltas se tornaram inevitáveis. Falta que Juninho arriscou, Cássio rebateu mal, para o meio da área, mas a bola bateu no Alecsandro, e não entrou. Numa segunda tentativa, o Reizinho quase acertou o ângulo.
Éder Luiz foi bastante acionado, mas errou muito. Ainda assim, a melhor opção de ataque vascaíno. Apesar de tudo, foi um bom primeiro tempo do Vasco.
Segundo tempo e o panorama não mudava.
O tempo passava e a tensão dominava o Pacaembu. Era chute pra todo lado, deixando o jogo mais feio.
Mas aí veio o lance capital da partida para o Vasco.
Diego Souza interceptou chute de Alessandro no meio de campo e disparou sozinho contra Cássio. Era ele e o goleiro corintiano, mas ao chegar perto da área, chutou muito fraco e o arqueiro fez a defesa. Mérito de Cásso? Na minha opinião, erro fatal do camisa 10 do Vasco. Poderia ter chegado mais perto do gol, colocado por cima, driblado o goleiro ou chutado mais forte. Não fez nada disso...
E pra piorar, na cobrança do escanteio, o volante Nilton acertou o travessão.
A partir daí, o Corinthians pressionou, sufocando o Vasco em seu campo. Já no final da partida, Emerson chuta, Prass desvia e a bola ainda bate na trave. Após a cobrança de escanteio. Paulinho subiu muito e numa cabeçada mortal, faz o gol da classificação do alvinegro paulista.
A partir daí, o Vasco arriou os pneus e não conseguiu o golzinh que garantiria a classificação. Gol esse que esteve nos pés de Diego Souza. Vilão da partida? Deixo pra você torcedor vascaíno decidir.
A bem verdade é que o Vasco tinha totais condições de vence o Corinthians. Jogou melhor em três dos quatro tempos da decisão. Faltou acreditar que seria possível. O Timão é um time bem montado taticamente, mas não é invencível. E nem tem um jogador como o Neymar que desequilibra. Mas agora já era, passou. Juntar os cacos pois tem ainda o Brasileirão por aí e esse time tem todas as chances de brigar pelo título e pela vaga na próxima Libertadores. Basta acreditar!
Saudações vascaínas!!!
VALEU GALERA, ATE A PRÓXIMA!!!
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