sexta-feira, 16 de março de 2012

Terceira rodada da Copa Libertadores da América

Terminado o primeiro turno da fase de grupos da Libertadores e os times cariocas estão muito bem colocados, com Flamengo e Fluminense liderando seus grupos e o Vasco em segundo, todos na zona de classificação para a próxima fase e com grandes chances de passarem para as oitavas. 
Nessa rodada, o Flu venceu e Fla e Vasco empataram.


Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 14/03/2012
Público: 21.252 pagantes Renda: R$ 670.655,00
Árbitro: Patricio Polic (Fifa-CHI)
Auxiliares: Julio Díaz Pardo (Fifa-CHI) e Sergio Roman (Fifa-CHI)
Cartões amarelos: Fred (FLU); Zafra, Forero (ZAM)
Gols: Anderson 12'/2ºT (1-0)

FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos (Carleto 37'/2ºT); Valencia e Diguinho; Deco (Lanzini 28'/2ºT), Rafael Sobis (Rafael Moura - intervalo) e Wellington Nem; Fred - Técnico: Abel Braga.

ZAMORA: Forero, Dollbyz Rodríguez, Semperena, Bustamante, Galezo e Zafra; Briceño, Vargas, Figueroa (Zambrano 20'/2ºT) e "El Mágico" González (Gabriel Torres 17'/2ºT); Yanes (Córdoba 26'/2ºT) - Técnico: Oscar Gil.
Fluminense 100%
Valeu pelo resultado, mas a atuação...


O tricolor fez a sua parte, derrotou em casa o time do Zamora, 1x0, gol do zagueiro Anderson, mas a atuação não agradou os mais de 21 mil que foram no Engenhão.

O Zamora veio com o propósito de se defender e esquecer de que é jogo de Libertadores. Catimbou o quanto pôde, ao fato de que o goleiro Forero levou um cartão amarelo logo na primeira etapa. O Flu até tentava, pelo meio, pelas pontas, mas aliada a retranca do adversário estava a péssima partida de alguns jogadores chave, como Deco, Fred e principalmente Rafael Sóbis. O camisa 23 repetiu a apatia do FlaXFlu e foi sacado merecidamente no intervalo. Não dá para entender como um jogador que ganha o salário que lhe é pago, com a experiência que tem, realizado profissionalmente, consegue ser tão pífio como o Sóbis tem sido neste ano de 2012. Não foi por falta de oportunidades, mas até a paciência do Abel, que é enorme com ele, tem limites. Como só tem contrato até o meio do ano e com passe caro, dificilmente fica no clube para o próximo semestre. E não está merecendo mesmo.

Deco foi bem marcado, diferentemente dos últimos jogos, e não conseguiu ser decisivo. Fred também não estava com a pontaria calibrada. O único da frente que mostrava pelo menos disposição era o Wellington Nem, que também precisa caprichar mais nas finalizações. Muitos passes errados foram a tônica do primeiro tempo

Na segunda etapa, pelo menos teve mais vontade. Com Rafael Moura ao lado do Fred, o time pressionou mais, tocando mais a bola com rapidez, e sufocando o time venezuelano. Mas a casa caiu para o time que não quis nada com o futebol: numa intensa troca de passes na entrada da área do Zamora, a bola sobrou para o zagueiro Anderson, que bateu bonito e botou na rede: 1x0 Flu, aos 12 minutos. E o mesmo zagueiro salvou o que seria o gol de empate do adversário, aos 33 minutos, com o goleiro Cavalieri batido e a bola tirada em cima da linha. Seria um duro golpe para quem pelo menos quis jogar.

Vale destacar o bom jogo que fizeram Valencia e Diguinho. Marcação precisa, com poucas faltas e saída de bola com pouco erro de passe. Demorou, mas os dois caíram nas graças da torcida que aplaudiu, reconhecendo o esforço deles. Espero que seja sempre assim.

Valeu pelos três pontos, pela manutenção da liderança, da invencibilidade e dos 100% de aproveitamento. Mas tem que mostrar um futebol melhor do que o apresentado contra o fraco time da Venezuela. Vamos nos classificar com tranquilidade, mas na próxima fase tem que jogar melhor, para não correr o risco de ficar pelo caminho...

Saudações Tricolores!!!




Estádio: Nicolás Leoz, em Assunção (Paraguai)
Data: 14 de março de 2012 (Quarta-feira)
Árbitro: Enrique Osses (Chile)
Assistentes: Carlos Astroza (Chile) e Juan Maturana (Chile)
Cartões amarelos: Caballero e Aquino (Libertad); Eduardo Costa, Allan e Willian Barbio (Vasco)
Cartões vermelhos:Nuñez (Libertad); Diego Souza (Vasco)

GOLS:
VASCO: Diego Souza, aos 16min do primeiro tempo
LIBERTAD: Nuñez, aos 25min do segundo tempo

LIBERTAD: Rodrigo Muñoz, Carlos Bonet, Nery Bareiro, Ismael Benegas e Miguel Samudio; Sergio Aquino (Victor Ayala), Víctor Cáceres e Luciano Civelli e Rodolfo Gamarra (Pablo Velázquez), José Nuñez e Cristian Menéndez (Caballero)
Técnico:Jorge Burruchaga

VASCO: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Renato Silva (Allan) e Thiago Feltri (Rodolfo); Nilton (Rômulo), Eduardo Costa, Felipe e Diego Souza; Wilian Barbio e Alecsandro
Técnico: Cristóvão Borges
Vascão guerreiro!
O Gigante da Colina conseguiu arrancar um empate com o Libertad, lá em Assunção, depois de muito sofrimento.

A saga vascaínas em terras muambeiras começou com a recusa dos dirigentes paraguaios de se fazer o reconhecimento do gramado do palco do jogo, o estádio que leva o nome do presidente da Commebol, Nicolas Leoz, torcedor declarado do time.
Mas falando do jogo, foi uma tremenda guerra. Os jogadores do Libertad abusaram de fazer faltas duras, contando com a covarde conivência do árbitro chileno Enrique Osses. Era um festival de botinadas, carrinhos, socos, pontapés e o homem do apito fazia uma escancarada vista grossa. 
Mas o time do Vasco queria jogo e foi logo mostrando como se deve jogar futebol, sempre comandado pelo maestro Felipe. Parecia que jogava em casa, tal a tranquilidade para tocar passes no campo do adversário, que só parava os jogadores do Vasco na porrada. Nilton teve uma boa oportunidade, batendo de fora da área livre, nas mãos do goleiro Muñoz. Mas aos 16, depois de mais uma falta cometida pelo violento time paraguaio, Fágner cobrou na cabeça do Diego Souza, que mandou para as redes, abrindo o placar: 1x0, aos 16 minutos.
O jogo seguia tranquilo para a defesa do Vasco, e dura para os jogadores de ataque que sofriam com a truculência dos paraguaios.
Mas no segundo tempo o panorama mudou. Diego Souza recebeu uma falta dura, e esperou o momento para revidar. Deu uma cotovelada no estômago do adversário e foi expulso. Aí o Vasco recuou e tomou pressão. Rodolfo entrou na vaga de Feltri para fechar a zaga, mas o time levou o gol de empate. Bola levantada na área, Rodolfo, que não vem tendo boa fase, não subiu e sobrou para o atacante Nuñes empatar o jogo, aos 25 minutos. O Libertad então se lançou todo no ataque, mas a expulsão do seu atacante que marcou o gol brecou um pouco a reação. Uma chance pra cada lado, com Felipe batendo bonito de fora da área e só. O placar ficou mesmo no 1x1. Mas o time vascaíno foi guerreiro e na próxima partida, com o mesmo Libertad, agora em São Januário, a história vai ser diferente, pois na bola, tem muito mais futebol pra vencer. 
Ainda mais com o retorno do Juninho. Valeu o resultado pelo clima de guerra que foi esta partida e com o pontinho o time segue na zona de classificação e só depende de si para isso.

CONVERSA DE ESQUINA:
- A expulsão do Diego Souza foi muito boba, prejudicou o jogo pro Vasco. Em jogos de Libertadores, não se pode perder a cabeça, ainda mais jogando por time brasileiro, é tudo contra a gente. Mas com a sua suspensão da próxima partida abre-se o espaço para que Juninho e Felipe jogarem juntos. Vamos ver se o Cristóvão se convence de que no momento é a melhor opção.
- Como caiu de produção o zagueiro Rodolfo, nem de longe lembra o grande jogador dos tempos de Fluminense. Já foi barrado pelo Renato Silva e quando entra no segundo tempo, o time leva o gol de empate nas suas costas. Precisa melhorar e muito para ser de fato o grande companheiro do Dedé na zaga.

Saudações vascaínas!





Local: Estádio Olímpico João Havelange, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 15 de março de 2012
Público: 26.830 pagantes   Renda: R$ 695.114,00
Árbitro: José Buitrago (Colômbia)
Assistentes: Wilmar Navarro (Colômbia) e Alexander Guzman (Colômbia)
Cartões amarelos: Galhardo e Botinelli (Fla); Aranda, Fabio Caballero, Orteman, Martin Silva e Marín (Oli)

Gols:
FLAMENGO: Botinelli aos 38 minutos do primeiro tempo; Ronaldinho Gaúcho aos 13 minutos e Luiz Antonio aos 18 minutos do segundo tempo
OLIMPIA: Zeballos aos 30 e Luis Caballero aos 38 e Marin aos 43 minutos do segundo tempo

FLAMENGO: Paulo Victor; Galhardo, Marcos González, David Braz e Junior Cesar; Muralha, Luiz Antonio, Darío Bottinelli, Thomás (Negueba) e Ronaldinho Gaúcho; Vagner Love
Técnico: Joel Santana

OLIMPIA: Martín Silva; Nájera, Adrián Romero, Enrique Meza e Ariosa; Aranda (Zeballos), Sergio Orteman (Hobecker), Fabio Caballero e Vladimir Marín; Luis Caballero (Candia) e Maxi Blancucchi
Técnico: Gerardo Pelusso
Da euforia a cara de PASPALHO


Por incrível que pareça, estou muito mais satisfeito com o futebol apresentado neste empate inacreditável do que no empate na Argentina contra o Lanús e na vitória sobre o Emelec. O time, até o gol de falta do Olimpia, jogou muito bem, demonstrando que está no caminho certo.
O relato a seguir, escrevi quando o jogo estava 3 à 0:
"Posso não entender muito de situações de jogo, mas burro eu não sou.
Quando, em vários comentários, defendi a renovação de jogadores no time titular (1º gol do Olimpia), era óbvio a minha preferência pelo talento. 
As saídas circunstanciais de Aírton (calafrios!), Willians (xô!) e Renato Abreu (desejo pronta recuperação), o time começa (2º gol do Olimpia); eu disse, começa, uma produção mais eficaz, com chances claras na Taça Libertadores". 
A partir daí, tricolores, vascaínos e botafoguenses começam atrapalhar a minha concentração, até que... empate do Olimpia. Fiquei embasbacado, enquanto o som das vozes, oníssonas, dos paraguaios de plantão comemoravam a "desgraça" alheia. 
Quanto ao jogo, o primeiro lance foi um "defesaço" do goleiro rubro-negro em uma cabeçada à queima roupa. O primeiro gol saiu de um passe de Botinelli para Vágner Love girar sobre o defensor e colocar Botinelli na cara do goleiro. Toque por cobertura, e 1 à 0.
Em outro lance, R10 toca para Love marcar, mas o bandeirinha anula com o seu instrumento de trabalho.
No segundo tempo, pênalti em Love e cobrança de R10: 2 à 0.
No terceiro, belo passe de R10 para Luiz Antônio, com tranquilidade, marcar e conquistar mais três pontos. 
Mas não foi isso que aconteceu.
Falta na entrada da área e Zeballos deu uma porrada: 3 à 1.
O time parou e assistiu à Caballero marcar o segundo: 3 à 2.
Aos 43, Marín recebe passe e empata: 3 à 3.
Fim de partida e a cara de paspalho.

Flamengo 3 x 3 Olimpia


VALEU GALERA, ATÉ A PRÓXIMA!

Um comentário: